No dia
03-08-2014 ,A Comissão Julgadora da Olimpíada De
Língua Portuguesa de Iraceminha/SC, composta
por: Elenir Lisiane Salvatti da Rosa - , Larisa Tumelero - , Joice Hendges da Lus , Janice Pozzer
Vizzoto e Rosangela Zamprogna Assoni ,
selecionaram os seguintes textos para
participar(em) da etapa estadual da 4ª edição da Olimpíada de
Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.
- Poema
Número do texto: 291.993
Título: ESCO-LAR
Escola: EEF LINHA BIGUA
INEP: 42063507
Diretor(a): MARIVETE IRENE COMIN
Professor(a): NADIA ZANELLA
Aluno(a): PABLO VINICIUS VICTOVSOSKI
tudo o que vou declamar.
Mas tenho à dizer pra você
que uma antiga escola é o meu lar
Eu moro num prédio de uma escola abandonada.
Dizem que é medonha.
Meu avô, que também já morou lá,
viu cada visage, que dá medo de contar.
Um prédio de escola sem ninguém.
Aluno ali, não tinha para estudar,
então, minha casa foi virar.
Existem coisas engraçadas
que acontecem, aqui, nesse meu lar...
Um vizinho bem fofoqueiro que,
no verão, sua língua é capaz de bronzear.
Também, tem um poço abandonado
e um amigo bem curioso,
que, neste mesmo poço despencou.
Ele gritou,gritou... Até que meu
avô foi lá, e meu amigo salvou.
Só que, bem na hora o curioso desmaiou!
Morar nessa esco-lar, tem muita vantagem,
até minha tia quer morar aqui.
É um lugar fácil de fazer amizades,
tem muitas pessoas legais, como por exemplo, os meus pais.
Memórias literárias
Número do texto: 297.470
Título: Lembranças que não saem da memória
Escola: EEB PROFº MANUEL DE F TRANCOSO
INEP: 42063493
Diretor(a): RUBI NYLAND
Professor(a): NEUSA INES BERNARDI JAHNKE
Aluno(a): Nathalia Cappelletto Foresti
Tudo começou quando
completei meus sete anos. Fui à escola pela primeira vez, fiquei
meio envergonhada, pois, na época, éramos muito "fechados"
e levávamos uma vida solitária. Neste dia, então, percebi como era
bom conviver com mais pessoas, umas gritando, outras cantando,
professores ensinando e o amor brotando. Os meses foram passando,
passou um, dois, três...E a cada dia que passava, mais unidos
ficávamos. Aquela vida de poucos amigos aos poucos foi
terminando.
Nós, meninas, fazíamos bonecas com sabugo de milho.
Minha mãe tinha um forno de barro, embaixo dele havia uma terra bem
fofinha. Como eu era muito doente e sempre tomava remédios, pegava
os frascos vazios e peneirava aquela terra, que servia de condimento
para brincar de mercado. Já os meninos, gostavam mais era de pescar,
jogar futebol e nos incomodar, ah como nos incomodavam.
Mas tinha uma coisa que todos gostavam, um barranco que caia numa pequena represa do açude que ficava perto de minha casa. Lá, colocávamos uma lona estendida e muito, muito sabão. Era empurros pra todos os lados. Nossa, quanta diversão! E no final, saíamos pretinhos de barro. O xingão era inevitável. Muitas vezes, pra que isso não acontecesse, eu tirava minha roupa e entrava de fininho para ninguém ver. A roupa ficava escondida e mamãe a encontrava no dia seguinte, já seca de barro, muitas vezes sem poder fazer mais nada.
O tempo passou e as responsabilidades foram aumentando. Durante minha época de estudante passei por vários lugares, cada um deles fazendo parte da minha história com amigos diferentes, professores diferentes, vizinhos diferentes, amores diferentes. Parte desse tempo, deixei meus pais sozinhos. Mais tarde, voltei para casa, já formada em Educação Física, que era o que eu tanto sonhava. Lecionei em várias escolas, trabalhei com diversos alunos e diversos professores, conheci realidades diferentes da minha, umas mais outras menos sofridas, mas cada uma com sua própria história.
Mais tarde, casei, tive dois filhos que são a razão do meu viver e fui morar para a cidade. Apesar das vitórias que tive na vida, uma perda muito grande faz doer o peito até hoje, meu pai que, aos 63 anos, se foi, vítima de câncer. Lembro como se fosse hoje os dias em que passei ao seu lado quando já não tinha mais forças para viver.
Ainda hoje, quando passo por lá, revivo muitos momentos de minha vida, os bons e os tristes. Mas vejo como tudo mudou, as crianças não brincam como antes. O avanço tecnológico, em tão pouco tempo, mudou os costumes das pessoas radicalmente. Como vai ser daqui em diante, eu não sei! Só sei que vou guardar na lembrança tudo o que vivi.
Mas tinha uma coisa que todos gostavam, um barranco que caia numa pequena represa do açude que ficava perto de minha casa. Lá, colocávamos uma lona estendida e muito, muito sabão. Era empurros pra todos os lados. Nossa, quanta diversão! E no final, saíamos pretinhos de barro. O xingão era inevitável. Muitas vezes, pra que isso não acontecesse, eu tirava minha roupa e entrava de fininho para ninguém ver. A roupa ficava escondida e mamãe a encontrava no dia seguinte, já seca de barro, muitas vezes sem poder fazer mais nada.
O tempo passou e as responsabilidades foram aumentando. Durante minha época de estudante passei por vários lugares, cada um deles fazendo parte da minha história com amigos diferentes, professores diferentes, vizinhos diferentes, amores diferentes. Parte desse tempo, deixei meus pais sozinhos. Mais tarde, voltei para casa, já formada em Educação Física, que era o que eu tanto sonhava. Lecionei em várias escolas, trabalhei com diversos alunos e diversos professores, conheci realidades diferentes da minha, umas mais outras menos sofridas, mas cada uma com sua própria história.
Mais tarde, casei, tive dois filhos que são a razão do meu viver e fui morar para a cidade. Apesar das vitórias que tive na vida, uma perda muito grande faz doer o peito até hoje, meu pai que, aos 63 anos, se foi, vítima de câncer. Lembro como se fosse hoje os dias em que passei ao seu lado quando já não tinha mais forças para viver.
Ainda hoje, quando passo por lá, revivo muitos momentos de minha vida, os bons e os tristes. Mas vejo como tudo mudou, as crianças não brincam como antes. O avanço tecnológico, em tão pouco tempo, mudou os costumes das pessoas radicalmente. Como vai ser daqui em diante, eu não sei! Só sei que vou guardar na lembrança tudo o que vivi.
Crônica
-
Número do texto: 302.816
Título: O café
Escola: EEB PROFº MANUEL DE F TRANCOSO
INEP: 42063493
Diretor(a): RUBI NYLAND
Professor(a): NILSA MARIA RACHOR DEFAVERI
Aluno(a): Suelin Pasquali
Soa um grito assustador em frente a minha casa, já havia escurecido, pois estávamos no mês de julho, era frio e a neblina cobria toda a visão lá fora. Então meu pai, sem medo, bem ao contrário de mim, abriu a porta e foi ver quem era. Perguntou:
_Quem está aí?
O vulto estava imóvel, era um homem, com estatura não muito alta e apresentava um corpo atlético. Sem se apresentar, falou:
_Boa noite, se for possível queria um pouco de café.
Meu pai inocente respondeu:
_Claro que sim, não quer entrar? Creio que ali fora esteja frio.
O homem parecia um tanto amedrontado e com um gesto com a cabeça fez que não.
Meu pai entrou, pegou uma xícara e encheu-a de café em pó. Eu continuava com medo, espiava pelo vidro da porta. Com toda a boa intenção do mundo, meu pai levou aquela xícara para aquele homem que se quer se apresentou.
O homem pegou a xícara, olhou-a bem e falou:
_Eu gostaria do café já pronto.
Era só o que faltava, além de não se apresentar, o cara era a preguiça em pessoa. Olhando estranhamente, vi papai um tanto desconfiado e fitando-o bem, percebi que havia algo de errado com aquele homem. Papai virou as costas e foi preparar o bendito café. O homem continuava lá, parecia estar com pressa, pois não parava de olhar para a estrada.
Papai já com o café pronto _aquele café preto bem quentinho, que me dava água na boca_ levou ao estranho homem. Por mais assustador que ele fosse, tinha educação e disse um "obrigado".
Mal meu pai se virou, ouviu um barulho. Corri até a porta para ver o que era, então vi aquele homem que me deu tanto medo, sendo preso por dois policiais. Na verdade, há pouco, ele havia tentado assaltar uma casa para ter o que comer, mas o dono o pegou no flagra. O bandido, para fugir, pegou um faca e cortou a mão do morador evadindo-se rapidamente do local. Este, assustado, imediatamente ligou para a polícia, que veio em busca do mesmo.
Irônico mesmo, foi saber que para ele comer teve que quase matar alguém.
Artigo de
opinião
Número do texto: 300.881
Título: "Maravilhas" da Inclusão Social
Escola: EEB PROFº MANUEL DE F TRANCOSO
INEP: 42063493
Diretor(a): RUBI NYLAND
Professor(a): NILSA MARIA RACHOR DEFAVERI
Aluno(a): Cleiciane Lauermann
Nos
dias de hoje, são muitos os fatores que preocupam a população, mas
nem todos merecem mesmo ser uma preocupação, pois estamos num tempo
em que problemas realmente importantes não tem a atenção que
merecem.Título: "Maravilhas" da Inclusão Social
Escola: EEB PROFº MANUEL DE F TRANCOSO
INEP: 42063493
Diretor(a): RUBI NYLAND
Professor(a): NILSA MARIA RACHOR DEFAVERI
Aluno(a): Cleiciane Lauermann
Ao contrário do que todos imaginam, as coisas não mudam tanto de um lugar para outro. Deficientes físicos e mentais tem o mesmo tratamento em muitos locais, ou seja, um precário e cada vez mais fútil modo de lidar com as pessoas acontece em diversas instituições.
Em cidades como a minha, o foco é destinado quase que exclusivamente para a infraestrutura e empresas específicas e não para a adaptação de escolas, ruas e semelhantes para o fácil acesso de pessoas. Mas por outro lado, a parte que se dedica para que o avanço ocorra está disposta a mudar esta situação.
A inclusão em seu sentido real, está sendo colocada em prática aqui, não só porque a lei exige que alunos com deficiência sejam inseridos nas classes normais, mas sim porque a maioria acredita que para o município ir além, é necessário a adaptação de todos ao "diferente", o que para muitos poderia parecer impossível.
Sinto um leve orgulho ao dizer que no local onde vivo há um professor para cada estudante especial, para oferecer-lhe uma educação de qualidade, adequada às suas limitações. Há também projetos em andamento nas escolas, como a implantação de rampas e adaptação de banheiros para que o aluno sinta-se bem no ambiente escolar.
Mesmo que isso não aconteça com a rapidez que gostaríamos, é importante ressaltar que estamos progredindo; estamos nos adaptando ao novo mundo, em que todos são iguais, mas cada um com suas características próprias, o que pode não ser fácil de entender, mas quando respeitado, torna-se belo.
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